Oxalá
eu seja expulso do paraíso,
longe
da companhia de santos
e
de virgens.
Pudera
eu ser condenado à loucura,
ser
relegado ao leito dos amantes da agonia,
da
sem-vergonhice dos versados em saber.
Alguém
que me estenda a mão neste breu?
Onde
estão as vozes que apunhalam,
os
arautos da verdade [que] não muda?
Oxalá
eu seja,
não
está em mim ser outro alguém.
Não
procurem por mim na fotografia do passado
ou
nas marcas do corpo que veem
nem
sequer nos cabelos desgrenhados,
quem
me dera não ser imaginado por ninguém.
Alguém
que me estenda a mão neste breu?
Rasurei
os meus afetos, não irei descolorir meu coração.
Eu
não. Eu não.