terça-feira, 9 de outubro de 2018

Alma transgressora

As sombras do passado bruxuleiam suas trevas como um eco no tempo, 
sussurram pesares sobre os meus passos incertos,  
espalham aos ventos: meu descaminho é desvairado. 
Minh’alma transgressora sob o sol de um verão eterno desfalece 
enfrenta demônios incorpóreos de um rebanho servil, 
cai em gargalhadas a sós  
e cai novamente, em pranto,  
da presente falência de humanidade. 
O futuro é ilusão, sentenciam-se extinguir  
a raça e o sangue 
o amor que não cabe em mim. 
As sombras retornam, vez e outra, no tempo, 
são as mesmas sombras projetadas pelos corpos pútridos do maldito rebanho, 
de almas vazias de transgressão.