Foi o veredicto que faltava à jovem Tábata. Estava grávida! Entretanto, colocaria um fim a essa situação. O procedimento marcara para o dia seguinte.
Caminhava, sem desejar, de fato, chegar à algum lugar. Em uma rua próxima, uma senhorinha pelejava para se levantar do chão; caíra e sem forças, não conseguia levantar-se por si só.
não haviam transeuntes próximos e Tábata, por sua vez, hesitou um instante mas, foi ao socorro da velhinha. A jovem a conduziu ao interior de sua casa, em frente ao local do incidente.
Antes, porém, de pensar em continuar seu caminho sem destino, a boa senhora inicia um monólogo, expondo sua história à estranha samaritana.
Todavia, não pretendia Tábata permanecer um longo período na casa de uma desconhecida; quanto mais perder tempo com conversas de épocas antigas. Porém, aos poucos, a jovem apreciara a história de amor que dona Vita lhe contava. Do casamento arranjado por seu pai com Geraldo até os últimos acontecimentos, que culminaram na morte do marido.
Comovida, dona Vita narrava a conturbada gestação. Uma gravidez de risco para mãe e para o bebê. Os cuidados eram dobrados e as condições, precárias para o casal que, na época, viviam de muito suor e pouco pão.
Após um parto delicado, mãe e filha sobrevivem, mas houveram sequelas: esterilidade de dona Vita, ainda moça e uma síndrome adquirida pela criança, batizada coincidentemente de Tábata. Foram breves dois meses de vida.
A essas palavras, a jovem Tábata vertia lágrimas amargas, experimentando na carne, o impulso materno brotar no âmago de sua existência.