terça-feira, 16 de julho de 2013

Angústia

O sono se irrompe numa flecha aguda de sonho. A noite adiantada, segue seu percurso e no relógio, 4h:18min, bem sinalizados em números vermelhos no leito escuro. Meio acordado, a amnésia deixa escapar flashes do que se passara no inconsciente.
O pensamento põe-se a avançar sobre uma onda de situações vividas, nem sempre conectadas, mas que, criam uma zona angustiante. E percebo-me como o antagonista dessa história; o anti-herói que não consegue agir e salvar o dia.
O badalo do sino da matriz ecoa pelo ar e recordo de Deus, tão desfigurado pela ambição dos homens. A musicalidade do sino, aos poucos, emudece e, eu recorro a tentativas para retomar o sono. A insônia, entretanto, joga-me de um lado a outro da cama e com bofetadas se opõe contra a minha vontade de cessar os muito pensamentos que circulam mais veloz. A angústia, antes de levar à morte, passa pela loucura e alguns desmaios. Outrossim, nos leva a adormecer vencido pelo cansaço.