Sonhar-te-ei desde o alvorecer da juventude,
entre os cantos das aves matinais e o jardim orvalhado da noite.
Sonhos prenhos de desejos intimados
do gozo dos tempos infindados no teu beijo,
mas de sonhos também violentados,
como as perdas imprevistas,
como o coito forçado.
Sonhar-me-hei ausente da felicidade,
porém, sem sentir tristezas;
o momento é o que há.
É como o céu ou o inferno, que me importa,
se é na lida que faço e me desfaço a vida inteira?
E os sonhos... Ah, eles deliram as gentes.
Deus o sabe.
Antes que o Verbo se fizesse carne
ele foi sonho.
Talvez ainda o seja.
Só que agora sonhamos juntos
e os meus sonhos movem o mundo.
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