segunda-feira, 20 de julho de 2015

Amizades

O verbo amar conjuga a vida
e dos amores que a vida traz,
a cumplicidade de um amigo
nenhum amor se iguala,
nenhum amante segreda.

Amizades que crescem na simpatia espontânea
no primeiro dia de aula, da primeira infância.
E envelhecem juntas até a hora derradeira.

Um amigo querido que a inevitabilidade da morte
acolhe em seu manto de mistério,
sem ao menos nos permitir um último adeus...
Um amor dolorido por sentimentos engasgados na garganta.
Tamanha a dor.

Amizades seladas por laços sanguíneos.
Um irmão que se faz grande amigo.
Um amigo que antecede o irmão.

Um amigo, uma amiga que chegam ao acaso
e em pouco ocupam as mais deliciosas lembranças.
Amigos de conversas noite adentro, de madrugadas até a aurora.
Amigos para se permitir adentrar a casa sem bater à porta,
abrir a geladeira sem permissão e acordar assustadoramente às onze da manhã.

Amizades que escondem uma paixão, um beijo desejado.
Um beijo bem dado, talvez... por que não?!
Amores que em amizade se fundem, confundem-se.

O amigo que o tempo e o distanciamento enuviaram,
e um dia, quem sabe, tropeçaremos, um e outro,
em uma rua qualquer, em qualquer lugar do globo.
O amigo que parece esquecer-se de mim,
quando na verdade, aguarda-me ansioso para o abraço.

Amizades que me ensinam, me apaixonam pela vida.
Amizades que me salvam não uma única vez, mas quase todos os dias.
Amizades que guardam consigo metades de mim.

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