Estou acompanhando os primeiros dias de vida de minha futura afilhada e o resguardo de sua mãe. Chamou-me muito a atenção, este costume brasileiro de fazer sopa de galinha para a mulher em resguardo. E esse costume vêm de muitas gerações. A sopa de galinha é bem nutritiva e forte e antigamente, com as famílias em maioria na zona rural, era mais fácil para preparar. Só necessita da galinha e farinha. Simples assim.
Talvez em muitas casas hoje, não seja novidade esse assunto mas, o que estou querendo mostrar é a tradição de sempre preparar a sopa, ao menos nas cidades pequenas, para tais mulheres. Em oito dias desde o nascimento de minha afilhada, meu "cumpade" já matou 18 galinhas e 2 frangos para preparar a sopa de galinha no fogão de lenha aos visitantes.
Os visitantes são outra parte da tradição. Chegam em grupos pequenos de famílias, alguns vem sozinhos, outros com crianças pequenas. E todas querendo conhecer o bebê recém-nascido e talvez tentar pegá-lo no colo. Tudo bem por aqui, o ponto negativo é que as visitas acabam por atrapalhar um pouco, como tenho percebido... Não digo por mal, mas as visitas atrasam o serviço da casa porque não ajudam a dar uma limpeza ou preparar um café, cuidar do filho maior, etc.. E tem dia que chega tanta gente que incomoda até o bebezinho.
Tudo isso faz parte da tradição interiorana. Algo que eu admiro e desejo que não se perca. E a sopa, apesar de só levar farinha e galinha caipira, é deliciosa!!!
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